DGS: Todas as vacinas disponíveis são "eficazes e seguras"
As autoridades espanholas vão começar dentro de poucas dias a disponibilizar para mulheres grávidas uma vacina sem adjuvantes contra o vírus H1N1, que foi autorizada este fim-de-semana.
Trata-se da vacina Panenza, do laboratório Sanonfi-Aventis, que Espanha já tem em stock e que foi autorizada no fim-de-semana pela Agência Espanhola do Medicamento.
Em declarações à agência Lusa, Graça Freitas esclareceu que "cada país definiu a sua política de vacinação".
"Cada país decidiu comprar uma, duas, três ou mais marcas de vacina. Esta é já a quarta marca disponível", afirmou a responsável da Direcção-Geral da Saúde (DGS), frisando: "Cada país utiliza-as como entende" de acordo com a sua "própria realidade e disponibilidade da vacina".
Para Graça Freitas, é importante que as pessoas saibam que "estas vacinas foram todas feitas pelos mesmos fabricantes, com os mesmos métodos e aprovadas pelas mesmas entidades que qualquer outra vacina que é administrada" nos planos de vacinação ou na vacinação sazonal.
"Desde que estejam licenciadas e autorizadas por essas instituições oficiais, quer dizer que podem ser administradas, independentemente das características, se tem adjuvante ou não", frisou.
Uma fonte do Ministério da Saúde espanhol disse à Lusa que a decisão de oferecer a vacina sem adjuvantes não se prende com qualquer preferência de ordem médica "por uma ou por outra", deve-se sim "à larga experiência com o uso da vacina sem adjuvantes para a gripe sazonal".
"A Agência Europeia do Medicamento recomendou usar a vacina com adjuvantes e alguns países, como o Reino Unido, estão a usá-la sem qualquer problema", disse a fonte.
"No nosso caso, como temos mais experiência com vacinas sem adjuvante no caso da gripe sazonal e como temos já a autorização do uso desta vacina, preferimos usá-la para as grávidas", explicou.
Espanha iniciou hoje o processo de vacinação contra a gripe A (vírus H1N1), com as primeiras vacinas a irem para grupos prioritários.
A campanha de vacinação começou mais cedo em Portugal (26 de Outubro). A Pandemrix foi a vacina escolhida para ser administrada no combate à gripe A e foi aprovada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e escolhida pela Agência Europeia do Medicamento para ser usada na União Europeia.
A Pandemrix não foi aprovada pelos Estados Unidos devido à presença do adjuvante esqualeno na sua composição, que alegadamente poderia causar danos à saúde dos que a tomam.
A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) já esclareceu que aquele adjuvante tem sido utilizado noutras vacinas sem que tenha sido identificado qualquer risco significativo.
Segundo este organismo, os adjuvantes (também conhecidos como imunomoduladores ou potenciadores da resposta imunitária) são um componente utilizado em vacinas há décadas para melhorar a resposta imunitária aos antigénios presentes.